O fim do fim do trabalho: uma crítica à chamada sociedade pós-industrial e sua relação com os movimentos de trabalhadores

Artigo de: Gabriel Gomes Lourenço

A dimensão do trabalho e os trabalhadores enquanto classe social foram objeto de preocupação nuclear em boa parte da história da sociologia, a começar pelos três autores clássicos – Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber –, passando por outros nomes, como Harry Braverman e Manuel Castells. Nos últimos quarenta anos, o trabalho, enquanto atividade fundamental na constituição de relações sociais (não apenas daquelas diretamente relacionadas à produção material), tem sido fortemente questionado, devido tanto a reconfigurações nas formas de trabalho quanto a alterações na formação da identidade dos trabalhadores enquanto grupo social específico. Porém, mesmo que minoritário, há um setor da academia que faz a crítica desse suposto fim da centralidade do trabalho. Este artigo sumariza o que há de central nos propositores do conceito de sociedade pós-industrial, e posteriormente, levanta argumentos contra essas teses que anunciam o fim da centralidade do trabalho. A defesa aqui é de que não há necessidade de buscar novas hipóteses a respeito do fim da centralidade do trabalho, mas sim de iniciar um movimento para entender, a partir do reconhecimento da permanência de tal centralidade, como a subjetividade da classe trabalhadora tem sido periodicamente conformada para que esta classe negue tal centralidade.

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