Bolsas no Japão

Bolsas no Japão

Do USP Online

Acontece no dia 28 de abril, às 14 horas, uma palestra explicativa sobre bolsas de pesquisa oferecidas pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia (MEXT) do Japão, na Casa de Cultura Japonesa da USP. O evento será realizado pelo Consulado Geral do Japão em São Paulo.

As inscrições para as Bolsas de Pesquisa MEXT 2012 estarão abertas entre os dias 2 e 31 de maio. As bolsas para pesquisa oferecidas pelo MEXT proporcionam a oportunidade para brasileiros estudarem em universidades japonesas, e cursarem o mestrado ou o doutorado naquele país. As bolsas são integrais e incluem a passagem de ida e volta ao Japão.

As inscrições para a palestra podem ser feitas através do email cgjcultural5@arcstar.com.br. A Casa de Cultura Japonesa fica na Av. Prof. Lineu Prestes, 159, Cidade Universitária, São Paulo.

Curso de Redação Científica - UNESP

Segue abaixo o link para o curso de Redação Científica

http://propgdb.unesp.br/redacao_cientifica/

É um curso elaborado pelo Instituto de Biociências do Campus de Botucatu.

Dicas sobre um projeto de pesquisa

O problema (contexto do trabalho). Após revisar a literatura você deve identificar qual o problema ou a questão central do seu projeto, ou seja, em meio ao tema escolhido, a que questão (ou questões) você pretende responder. Quando a questão central estiver bastante clara para o autor é quase certo que poderá ser redigida de forma interrogativa. Não é uma tarefa fácil, mas é importante ter sempre em mente que a clara formulação do problema ou da questão central da pesquisa é fundamental para a estruturação de seu projeto.

Se o pesquisador não consegue formular o problema central da pesquisa por meio de uma pergunta bem direta, o mais provável é que ele tenha feito uma discussão insuficiente da produção científica já existente sobre aquele tema. Ou seja, quando o conhecimento sobre o tema selecionado não foi suficientemente digerido, vários problemas se superpõem na mente do pesquisador, e suas tentativas de definir o problema resultam em proposições herméticas, intrincadas e nebulosas.

Um problema bem formulado é mais importante para o desenvolvimento da ciência do que sua eventual solução. Mesmo que não solucione, uma investigação pode ter um grande mérito se abrir, ou pavimentar, um caminho. Muitas outras pesquisas o trilharão até que o “mistério” seja desfeito, gerando novas interrogações. “É precisamente este sentido do problema – diz Bachelard – que dá a marca do verdadeiro espírito científico”[1].

Hipóteses. As hipóteses são respostas provisórias à questão central ou ao problema da pesquisa. E é por isso que se diz que elas funcionam como uma verdadeira bússola para o seu trabalho. Seu desafio, durante a execução da pesquisa será o de verificar a validade das suas “respostas provisórias”, seja para confirmá-las ou para refutá-las. A(s) hipótese(s) deve(m) ser formulada(s) de forma afirmativa.

Vamos supor que o candidato tenha escolhido o tema “Entendendo a degradação da Mata Atlântica no litoral norte do estado de São Paulo no período de 1980 a 1990”. Após exaustiva revisão da literatura sobre o tema o candidato formula o seguinte problema:

Qual a atividade econômica que mais degradou a Mata Atlântica no litoral norte do estado de São Paulo no período de 1980 a 1990 ?

Uma hipótese interessante para esta pesquisa poderia ser:

O incremento desordenado do turismo foi o principal fator de degradação da a Mata Atlântica no litoral norte do estado de São Paulo no período de 1980 a 1990.

Objetivo(s). Um projeto de pesquisa deve conter objetivos gerais e específicos. Os objetivos gerais estão relacionados aos resultados mais abrangentes para os quais o projeto pretende contribuir. Já os objetivos específicos devem definir exatamente o que você espera atingir até o final do trabalho. Obviamente os objetivos estão relacionados ao problema/questão que motivou a realização do seu trabalho.

Os objetivos específicos podem incluir também os produtos que se espera gerar com a execução do trabalho. Ou ainda, a definição do “público-alvo” do projeto. Quanto maior a clareza sobre os objetivos específicos, mais fácil será a execução do trabalho.

Justificativa. Após apresentar os objetivos do seu projeto de pesquisa, você deverá mostrar ao leitor por que o seu trabalho é importante. Qual a relevância do problema ou da questão com a qual você está trabalhando? Existem outros projetos semelhantes sendo desenvolvidos nessa região ou na área temática escolhida? Qual o alcance do projeto diante do problema que será abordado? As respostas a estas perguntas constituem a justificativa.



[1] BACHELARD, Gaston. “La formation de l’esprit scientifique”. Apud: CERVO e BEVARIAN (1974:77).

COMO ELABORAR UMA RESENHA CRITICA

A resenha crítica não é apenas um resumo informativo ou indicativo. A resenha deve ser entendida como uma análise interpretativa e, por esse motivo, irá depender da sua capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, autores e idéias sobre o tema em questão, contextualizando o texto que está sendo analisado.

Ao elaborar uma resenha crítica deve-se procurar resumir o assunto, apontar as deficiências e/ou pontos que, sob a sua ótica, poderiam ser melhor trabalhados (lembre-se que tais pontos podem estar fora do escopo da obra analisada), sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, destacar os pontos fortes com ponderação e sem bajular. Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta.

Muita gente ainda fica em dúvida sobre a estrutura de uma resenha, e é claro que existem algumas sugestões que podem ser bastante úteis. Entretanto, deve-se pensar nessas sugestões de estrutura como um guia para a sua redação, e não como um formulário. O texto deve ser uno, fluído e suas opiniões devem estar dialogadas com as do autor resenhado ao longo do texto todo, e não apenas no final.

Sugere-se que a resenha não seja muito extensa, e que seja um texto corrido, isto é, não devem ser realizadas separações físicas entre as partes da resenha, como a subdivisão do texto em resumo, análise e julgamento, por exemplo.

Com estas ressalvas em mente, confira algumas orientações utilizadas na disciplina de Metodologia em Ciência da Informação do curso de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UnB sobre a estrutura de uma resenha crítica, lembrando que não são itens de formulário, que a redação deve ser corrente, que tais tópicos são apenas diretrizes e que não precisam, necessariamente serem trabalhados nessa ordem:

1. Situe o texto no contexto da vida e da obra do autor, assim como no contexto da cultura de sua especialidade, tanto do ponto de vista histórico como do ponto de vista teórico;

2. Explicite os pressupostos filosóficos do autor que justifiquem suas posturas teóricas;

3. Aproxime e associe as idéias do autor expressas na unidade com outras idéias relacionadas à mesma temática;

4. Exerça uma atitude crítica frente às posições do autor em termos de:
a) coerência interna da argumentação;
b) validade dos argumentos empregados;
c) originalidade do tratamento dado ao problema;
d) profundidade de análise do tema;
e) alcance de suas conclusões e conseqüências;
f) apreciação e juízo pessoal das idéias defendidas