Parte da reportagem....

Antes das férias.....

Caros alunos, estamos encerrando mais um ano juntos!
Antes de sairmos definitivamente de férias, vejam a minha participação na folha de ontem (26/12/2010), no seguinte link: http://share1t.com/lkcgh4

Artigo da RAE - FGV: EXECUTIVAS: CARREIRA, MATERNIDADE, AMORES E PRECONCEITOS

Este artigo analisa a percepção das mulheres executivas que chegaram ao topo da hierarquia organizacional das grandes empresas no Brasil sobre os desafios à sua carreira. O referencial teórico explora os determinantes de sucesso na carreira: estrutura, o capital humano, a família, socioeconômicos, investimentos no trabalho e expectativas de recompensa. O artigo baseia-se em um método misto quantitativo-qualitativo. A pesquisa quantitativa contou com 965 respondentes, sendo 222 mulheres, numa amostra de 344 dentre as maiores empresas do país. A pesquisa qualitativa contou com 263 respondentes, dentre os quais 48 mulheres, em 10 grandes empresas de vários setores. Os resultados mostram que os obstáculos às altas exigências da carreira são colossais: preconceitos arraigados; pressão do relógio biológico; sobrecarga com os cuidados com os filhos versus jornada de trabalho muito extensa; dificuldades com o parceiro amoroso. Apesar de tudo, ainda que estejam insatisfeitas com o desequilíbrio entre seu tempo de trabalho e o de não trabalho, as mulheres executivas continuam apostando na carreira.

O artigo encontra-se no seguinte link:

http://share1t.com/9kghfp

Artigo da RAE - FGV: Socialização Organizacional de pessoas com deficiência

O objetivo da pesquisa foi identificar as principais características do processo de socialização das pessoas com deficiência
(PCDs) nas organizações. Consideraram-se três dimensões do processo de socialização: biográfica, relacional e organizacional. Identificou-se ações de busca de domínio do trabalho, ações de integração ao grupo de trabalho e ações de conhecimento dos valores da organização realizadas pelas próprias PCDs. As organizações não tinham táticas de socialização sistematizadas. Ficou evidenciada a associação positiva entre táticas de socialização individualizadas e percepção de ações de adequação das práticas e condições de trabalho.

O artigo está na integra no link:

http://share1t.com/4iat6j

Mais uma contribuição na Folha de S.Paulo 17/10/2010

Empregado deve buscar capacitação

Empresas também podem auxiliar os gestores a se preparar; demanda precisa ser apresentada ao RH

DE SÃO PAULO

O profissional deve investir em especializações e em seu próprio aprimoramento como gestor quando a empresa não oferece oportunidades de treinamento e desenvolvimento de liderança a seus funcionários.
A capacitação pode ser complementada com o "coaching" (aconselhamento profissional) ou o "mentoring" (orientação de um profissional mais experiente da área), explica Sergio Enabe, consultor em gestão de pessoas e professor de administração de RH da Unip (Universidade Paulista).
Algumas companhias, porém, contam com abertura para que o novo chefe apresente suas limitações e seu interesse em aprender mais sobre processos de gerenciamento. Nesses casos, o profissional promovido pode pedir ajuda para o treinamento.
Reuniões para definição de metas e de "feedback" são bons momentos para expor o interesse, orienta Peter Susemihl, do Instituto EcoSocial. De acordo com ele, um departamento de recursos humanos bem estruturado conhece essas demandas.
Em novembro do ano passado, ao ser promovido de atendente foi promovido para área de contratos do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), Jader Lúcio Spíndola, 22 (aluno do curso de graduação em administração da UNIP), passou por um mês de treinamento em gestão.
"Quando assumi, tinha dúvidas, mas resolvia tudo com meu supervisor antes que ocorressem erros", diz.

TERGIVERSAR

Analisar Talentos - fonte Harvard Business Review

A classificação de porte de empresa adotada pelo BNDES

Porte de empresa

A classificação de porte de empresa adotada pelo BNDES e aplicável a todos os setores está resumida no quadro abaixo:

Classificação
Receita operacional bruta anual
Menor ou igual a R$ 2,4 milhões
Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões
Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões
Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões
Maior que R$ 300 milhões

Entende-se por receita operacional bruta anual a receita auferida no ano-calendário com:
  • o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria;
  • o preço dos serviços prestados; e
  • o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Na hipótese de início de atividades no próprio ano-calendário, os limites acima referidos serão proporcionais ao número de meses em que a pessoa jurídica ou firma individual houver exercido atividade, desconsideradas as frações de meses. Nos casos de empresas em implantação, será considerada a projeção anual de vendas utilizada no empreendimento, levando-se em conta a capacidade total instalada.

Quando a empresa for controlada por outra empresa ou pertencer a um grupo econômico, a classificação do porte se dará considerando-se a receita operacional bruta consolidada.
Entes da administração pública direta não são classificados por porte. Para fins de condições financeiras serão equiparados às grandes empresas.
As pessoas físicas não empresárias são equiparadas, quanto ao porte, conforme sua renda anual, às categorias da classificação de porte de empresas.
Para as empresas médias-grandes serão aplicadas as mesmas condições das grandes empresas, ressalvadas as disposições em contrário.
A classificação do porte das empresas foi definida nas circulares nº 10/2010 e 11/2010, de 05 de março de 2010.

Trabalho 5 idéias para começar a desatar o nó no Brasil

Angela Pimenta e Tatiana Gianini,

Como dizia o iluminista françes Voltaire, "o ótimo é inimigo do bom". Quando se trata do mercado de trabalho brasileiro, seria ótimo modernizar a Consolidação das Leis do Trabalho, um arcabouço legal criado por Getúlio Vargas há quase 70 anos e que se tornou um enorme fardo para o setor produtivo. Mas isso é politicamente inviável em razão da férrea oposição dos sindicatos e de boa parte dos partidos. Como o ótimo dificilmente estará no raio de ação do próximo presidente da República, é razoável ao menos pleitear providências para diminuir a incerteza jurídica e reduzir os custos das empresas, que empregam 35 milhões de profissionais. A diminuição do peso dos encargos trabalhistas - que no Brasil superam os de países como França e Alemanha e são proporcionalmente dez vezes os incidentes nos Estados Unidos - ainda ajudaria a tirar milhões de brasileiros da informalidade. EXAME consultou os principais especialistas da área para elencar cinco medidas simples e factíveis capazes de promover um salto de qualidade na economia brasileira.

1 - Desonerar a folha de pagamentos

No bairro Ateniense de Plaka, as lojas turísticas que vendem típicas sandálias gregas dividem as prateleiras com um modelo tupiniquim: o Dijean, da Vulcabras-Azaleia. O calçado brasileiro é vendido para 146 países. Mas está cada vez mais difícil exportá-lo. Em 2009, seguiram para o exterior 24% menos pares do que em 2008. Para a Vulcabras, as exportações já caíram de 20% para 5% do faturamento. "Deixamos de vender para mercados importantes em razão do câmbio e do custo Brasil", diz Milton Cardoso, presidente da Vulcabras e da Abicalçados, a entidade de classe do setor. Os encargos sociais e trabalhistas - superiores a 100% sobre o salário - são os maiores vilões para indústrias intensivas em mão de obra, como a de calçados. Acabam também sendo um fardo para os próprios empregados. Na Argentina, onde também tem fábrica, a Vulcabras mantém um piso salarial equivalente a 1 000 reais. No Brasil, é de 600. "Como a carga de impostos sobre os salários na Argentina é menor, lá conseguimos pagar mais ao trabalhador, com o mesmo custo daqui", diz Cardoso.


O ideal seria cortar drasticamente o peso dos impostos na folha de pagamentos, mas isso dependeria de mudanças mais profundas na estrutura de gastos do governo. Uma alternativa de curto prazo seria o corte progressivo, e já aventado pelo atual governo, da contribuição previdenciária, hoje uma alíquota de 20% sobre a folha. O modelo poderia atrelar a queda na alíquota ao aumento da formalização, de maneira que a receita do governo ficasse preservada. Também seria interessante retirar penduricalhos despropositados, como o da reforma agrária, e aliviar o peso do salário-educação de empresas que investem na capacitação dos empregados. Podem não ser a solução de todos os problemas, mas, em conjunto, tais medidas trariam um bom alívio a empregados e empregadores - e facilitariam a chegada de mais calçados brasileiros às lojinhas de Atenas.

2 Criar contratos para jovens recém-formados

Em 2006, aos 18 anos, Renato Souza deixou o interior paulista rumo à capital para estudar moda na Universidade Anhembi Morumbi. Durante o curso, começou a fazer estágio. Após a formatura, em dezembro próximo, a meta de Souza é conquistar uma vaga efetiva. "O mercado está abarrotado de graduados desempregados, e não quero ser mais um deles", diz. O anseio por um emprego é a realidade de milhares de jovens que anualmente se formam em universidades e escolas técnicas. Mas, por falta de experiência, os iniciantes sofrem para achar uma vaga. Pela ótica de quem está do outro lado do balcão, a lei não ajuda - os encargos sociais são os mesmos para contratar jovens inexperientes ou profissionais maduros, o que acaba favorecendo os mais velhos. O resultado é um nível de desemprego na faixa de 18 a 24 anos de quase 17%, mais que o dobro da média geral do país. Uma proposta de especialistas é a criação de contratos para recém-formados. Seria uma variante do já bem-sucedido contrato de aprendizagem, para jovens de 14 a 24 anos que concluíram ou cursam o ensino fundamental ou médio. Assim como ocorre com os aprendizes, as empresas teriam incentivos para contratar jovens por até dois anos. A ideia é reduzir a alíquota do FGTS a 2% do salário ao mês, caso dos aprendizes, em vez dos 8%. Um dos setores interessados nessa solução é o de confecção. "Muitas empresas pequenas e médias querem dar chance aos recém-formados, mas precisam ser compensadas com um estímulo", diz Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil.


3 - Aprovar a lei de terceirização

De porteiros e faxineiros a técnicos especializados em informática, estima-se que pelo menos 8 milhões de brasileiros sejam funcionários terceirizados - contratados por uma empresa para prestar serviços para outra. A terceirização é uma tendência do mundo do trabalho contemporâneo, em que as companhias se concentram no negócio principal e, para atividades complementares, recorrem a quem oferece serviços. Presente em 42 países, incluindo o Brasil, a Tata Consultancy Services, braço de tecnologia do grupo indiano Tata, é especializada na terceirização de setores inteiros de negócios, como o de cartões de crédito e o de serviços financeiros. No Brasil, onde atua desde 2002, seus clientes incluem a Vale, a Oi e o Santander. "Em muitos setores, como o bancário, a área de tecnologia tornou- se fundamental, mas as empresas preferem transferi-la para firmas especializadas como a nossa", diz o indiano Shamanna Balasubramanya, presidente da TCS Brasil.

Apesar dessa importância, tanto empregadores quanto 8 milhões de funcionários terceirizados encontram- se numa espécie de limbo. O motivo é a insegurança jurídica decorrente da ausência de marco legal para esse tipo de trabalho. Isso acontece porque a terceirização é regida apenas por uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho, que admite esse tipo de vínculo empregatício para as chamadas atividades-meio, como limpeza e segurança, e não para as atividades-fim. Porém, em muitos negócios modernos, em particular os de pequenas empresas inovadoras, é praticamente impossível distinguir atividade-meio de atividade-fim. Para que o impasse seja resolvido, é preciso que o Congresso aprove um projeto de lei, em tramitação há seis anos, que não apenas garantiria a legitimidade da terceirização como eliminaria a distinção entre as atividades-meio e fim. O projeto também resolveria uma polêmica sobre a qual não há consenso jurídico: quem responde por um eventual descumprimento de norma trabalhista da prestadora de serviço. Os sindicatos querem que a lei responsabilize tanto a companhia contratada como a que contratou. Numa visão radical, a empresa contratante responderia por deslizes ocorridos até na prestação de serviços prévios a outras empresas - o que, na prática, mataria a terceirização. Uma alternativa razoável é delimitar a responsabilidade de quem contrata apenas ao período do contrato de terceirização.


4 - Fortalecer a empresa individual

Ainda que pareça surrealista, a história da pipoqueira Maria Selma Costa demonstra o potencial dos microempreendedores, uma legião de brasileiros humildes que ganham a vida por conta própria. No mês de fevereiro, Maria Selma foi abordada numa praça de Aracaju, capital de Sergipe, por um executivo da Petrobras. Ele propôs a ela uma encomenda de 60 quilos de pipoca, o equivalente a seis meses de produção da pipoqueira. Não era para alimentar petroleiros em alto-mar. A Petrobras atualmente testa a pipoca na contenção de vazamentos de óleo em alto-mar em substituição a materiais como isopor. "Meu faturamento, que era de 1 500 reais, dobrou", diz Maria Selma. "Estou tão animada que devo alugar um galpão e uma máquina mais moderna."

Maria Selma só virou fornecedora da estatal porque seu negócio foi legalizado pelo Programa do Empreendedor Individual do governo federal. Desde 2008, ele beneficia meio milhão de brasileiros de 400 profissões, como costureiro, engraxate e manicure. É gente que ganha até 36 000 reais por ano e pode legalizar o negócio por meio do pagamento reduzido de impostos e contribuições. O cumprimento dessas obrigações garante vantagens como aposentadoria e acesso ao crédito bancário. "Para diminuir a taxa de informalidade no país, iniciativas como essa deveriam ser fortalecidas", diz o sociólogo José Pastore, especialista na área do trabalho. Mais de 10 milhões de brasileiros são empreendedores informais. A melhor forma de aumentar o número de formalizados é ampliar o leque de profissões beneficiadas. Dezenas de outras atividades poderiam ser agregadas. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas recebeu nos últimos meses sugestões para a inclusão de mais de 50 profissões no programa e está aguardando sua aprovação pela Secretaria da Receita Federal.


5 - Ampliar os meios de negociação coletiva

Durante a crise de 2009, um acordo celebrado diretamente entre a Vale e seus funcionários de Itabira, em Minas Gerais, evitou que pelo menos 5 000 empregos virassem pó. "Apesar da oposição do sindicato, que tentou anular o acordo, garantimos o emprego de milhares de colegas", diz Amadeu Andrade, responsável pela frota da Vale em Itabira. Pelo acordo, os funcionários ficaram temporariamente sem trabalhar, recebendo metade do salário e benefícios como assistência médica, previdência complementar e seguro de vida. Em razão da rápida recuperação econômica, nenhum deles foi demitido. Mas não é só em tempos de crise que os acordos são bem vindos. Eles podem servir também para acertar questões permanentes, como a duração da jornada ou o trabalho aos domingos - em países como os Estados Unidos até os bancos abrem nesse dia.

Previstos na Constituição como um direito do trabalhador, convenções e acordos coletivos vêm sendo limitados na prática em razão da falta de clareza da Justiça do Trabalho sobre o que pode ser negociado. Muitas vezes os tribunais não admitem que as convenções tornem mais flexíveis os direitos trabalhistas previstos em lei. "Fica muito difícil negociar porque sempre existe o risco de a Justiça rejeitar os acordos", diz Luís Mendes, coordenador da área trabalhista do escritório Pinheiro Neto Advogados, de São Paulo. Para mudar esse cenário não seria necessária nenhuma alteração na legislação. De acordo com Ives Gandra Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, bastaria que o próprio TST valorizasse esse ponto da Constituição, orientando os juízes de instâncias inferiores a segui-lo. "Caberá à Justiça do Trabalho como um todo e ao TST em particular assinalar o norte para a negociação coletiva." O futuro presidente do Brasil ainda poderia estimular essa ação por meio de uma lei que reafirmasse a prevalência dos acordos coletivos. "Um projeto de lei dessa natureza daria mais respaldo às negociações coletivas, além de mais segurança sobre o cumprimento do que foi acordado", afirma Mendes

Revista Exame / Negócios

A ordem na Procter & Gamble é (finalmente) fazer barulho

Após duas décadas de uma presença tímida no Brasil, a Procter&Gamble passa a enxergar o país como um mercado prioritário - e diferente

João Werner Grando, de EXAME

27/09/2010 | 16:35

Getty Images

Beldades Hollywoodianas, com cabelos esvoaçantes e vozes dubladas, foram por muitos anos o centro da fórmula publicitária da Procter&Gamble no Brasil. Maior empresa de bens de consumo do mundo, a P&G mantinha, assim, sua tradição de anunciante global com inconfundível sotaque americano. A primeira ruptura com esse modelo - um sinal inequívoco de como a corporação vê hoje a globalização e a importância dos mercados emergentes - ocorreu em 2007, com a contratação da modelo Gisele Bündchen para estrelar a propaganda da marca de xampus Pantene, uma das mais importantes da empresa. Agora, três anos depois, a estratégia de identificar as marcas da P&G com figuras conhecidas dos brasileiros se intensifica. Em agosto, as atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres - mãe e filha - iniciaram uma campanha do sabão para roupas Ariel. A partir de novembro, Malu Mader, Márcio Garcia, Cristiane Torloni e Fernanda Lima entram no ar no horário nobre da TV, nas revistas e na internet para promover duas novas marcas da P&G no Brasil - o creme antirrugas Olay e o xampu Head & Shoulders. (Além delas, outra marca global, o absorvente Naturella, também acaba de chegar ao país.) Os lançamentos em série encerram um hiato de mais de uma década, desde a chegada do sabão em pó Ariel, em 1999. "Um portfólio maior exige uma exposição maior", afirma o egípcio Tarek Farahat, presidente da P&G no Brasil. "Marcas silenciosas acabam esquecidas."

Quebrar o silêncio é a forma como a P&G, maior anunciante do mundo e dona de um faturamento de 80 bilhões de dólares em 80 países, busca aproximar- se de suas concorrentes no Brasil. Em comparação a seu desempenho mundial, a P&G ocupa uma posição tímida no país, com vendas estimadas de 1,1 bilhão de dólares em 2009 - apenas um quarto de sua principal rival, a anglo- holandesa Unilever, que se estabeleceu por aqui há 80 anos. Até agora a companhia comandada por Farahat representou uma ameaça em poucas categorias, como lâminas de barbear e pilhas, nas quais já entrou como líder ao adquirir mundialmente a Gillette, em 2005. (A marca Ariel, por exemplo, ainda ocupa a sexta posição em seu segmento.) Não é um lugar confortável num momento em que grandes mercados de consumo emergentes - caso do Brasil - são vistos como prioritários na estratégia de crescimento das corporações globais. A decisão de Farahat para dar maior relevância à P&G é ocupar espaço - no varejo, com novos produtos, e na mente dos consumidores, com a divulgação agressiva de suas marcas. O investimento em publicidade triplicou, para 320 milhões de reais no primeiro semestre deste ano, décimo maior valor entre os principais anunciantes do país no período, segundo o Ibope Monitor. Até 2008, a P&G não passava da 50a posição. "A Procter dá sinais claros de que está se preparando para deixar de ser uma coadjuvante", diz Beto Almeida, diretor da consultoria Interbrand.


As apostas dos executivos da matriz, em Cincinnati, voltaram-se com força para cá após os resultados do relançamento de Pantene, em 2007. Lançada no país em 1993, a marca não atingia participação superior a 2% do concorrido mercado de xampus. Neste ano, passou para 7% e chegou à terceira posição entre os mais vendidos - atrás da Unilever (com a marca Seda) e L'Oréal (com Elsève). O caso credenciou a subsidiária a receber mais lançamentos. Além das novas marcas, a P&G entrou em duas novas categorias nos últimos 12 meses, a de desodorante, com Gillette, e a de creme dental, com Oral-B. O lançamento de Olay, porém, será um desafio maior. Trata-se de uma categoria completamente nova para a companhia no país. Todas as novas tacadas se concentram no segmento em que a P&G declaradamente concentrou suas maiores forças - o de produtos de higiene pessoal e beleza, que movimentou 25 bilhões de reais em 2009, e praticamente dobrou de tamanho nos últimos cinco anos. "É um dos segmentos de consumo que mais crescem no país", diz Farahat.

Atrás do consumidor

Para divulgar suas novas marcas, a P&G adotará, além de celebridades brasileiras, novos formatos de promoção. Para combater o modelo porta a porta de Natura e Avon, por exemplo, 120 promotoras dos cremes Olay serão levadas a shopping centers e salões de beleza nas principais capitais do país - apenas para divulgar e não para vender. A empresa também deve abrir uma loja-conceito num shopping da zona sul de São Paulo no final de setembro. No espaço, além da distribuição de amostras, serão oferecidos serviços gratuitos como avaliação da pele. "Para mudar o comportamento de compra, temos de aproximar o consumidor do produto", diz Juliana Azevedo, diretora da área de beleza da P&G.

A preparação para os lançamentos exigiu da subsidiária brasileira um rearranjo de suas equipes. Em 2008, uma diretoria de estratégia foi montada para planejar o médio e o curto prazo, inteiramente desligada dos assuntos do dia a dia. A estrutura, com 20 pessoas, planejou os investimentos de 150 milhões de reais feitos nesse período na modernização de uma fábrica e na construção de um novo centro de distribuição, localizados no estado do Rio de Janeiro. Nos planos da matriz, num período de cinco anos, o gasto anual per capita dos brasileiros com produtos da P&G será ampliado de 12 para 40 reais - patamar atual do mercado mexicano. E, mais de 20 anos após sua chegada por aqui com a compra da velha Phebo, a P&G teria no Brasil uma dimensão semelhante à que hoje tem em boa parte do mundo.

Voto para senador







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Manifesto em Defesa da Democracia

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mais de 500 pessoas assinaram o Manifesto

Diante da posição assumida pelo president Lula em ignorar princípios morais e éticos na camapanha de sua candidata, algumas pessoas resolveram tornar claro o que já estava claro na cabeça de muitos.

O manifesto do dia 22 de setembro traduz as preocupações dos brasileiros no que respeita à manutenção da democracia no Brasil.
Foto: Epitácio Pessoa/AE


Realmente, diante do fato de que Lula se julga acima do bem e do mal, pisando na Constituição que jurou cumprir e menoscabando os preceitos legais e a força das decisões judiciais, entendemos perigoso para a democracia a detenção, por ele, do poder total, como tudo indica poderá acontecer com as eleições de 3 de outubro: terá na sua dependência a presidência da República, a Câmara de Deputados, o Senado Federal, a maioria dos governos dos Estados, o Poder Judiciário e, sobretudo, o povo.

Muitas democracias naufragaram, quando deixou-se de denunciar quantos delas de apoderaram e enveredaram para o autoritarismo.

Pois bem, no ontem (22 de setembro), formos para o Largo de São Francisco, de onde partiram, no passado, grandes movimentos cívicos comandados pelos mestres e estudantes de direito, da velha Faculdade do Largo de São Francisco.

Lá existe um pódio para uso do povo. E nesse pódio deveria ser lido o manifesto que tinha como sua primeira assinatura a de dom Paulo Evaristo, campeão da democracia durante a ditadura militar, e de outros democratas como José Carlos Dias, Miguel Reali Jr., o rabino Sobel, o poeta Ferreira Gullar e tantos outros.

Por surpresa nossa, o Centro Acadêmico XI de Agosto, não cedeu as chaves para acesso ao pódio e sequer liberou o som para a leitura do texto do manifesto.

Ajudado pelo povo, consegui subir ao pódio e a leitura do manifesto se fez - como aprendi na Igreja - com a repetição pelo povo de cada palavra lida.

Foi realmente emocionante vermos a receptividade e a incorporação das palavras ao pensamento de todos.

Pois bem, como vocês já devem saber, através da internet, dos jornais, da TV e do rádio, a semente pela sobrevivência da democracia foi lançada. Agora, depende da vilância de todos nós, durante e depois do pleito eleitoral, para que germine e não deixe fenecer a nossa democracia, dentro dos princípios morais e éticos que são de sua essência.

Dúvidas?

Se você tem dúvidas, envie a sua pergunta pelo site:
http://www.formspring.me/profssergio.

Isso mesmo com 2 s.

Oferta da Petrobras capta 120,3 bilhões de reais

Novas ações preferenciais (PETR4) saem a R$ 26,30 e ordinárias (PETR3) a R$ 29,65

Gustavo Kahil e Mirela Portugal, de EXAME.com
23/09/2010 | 22:10

Divulgação
Capitalização ajudará estatal a financiar o plano de investimentos de US$ 224 bi

São Paulo - A real dimensão da operação que já faz parte da história do mercado financeiro mundial foi decidida hoje: o preço por ação da capitalização da Petrobras, ficou definido em 29,65 reais para a ação ordinária (PETR3) e 26,30 para a preferencial (PETR4). O deságio para a ordinária ficou em 1,98% e o das preferenciais em 1,86%.

Foram vendidos 2,293,907,960 bilhões de papéis ordinários que captaram 71,237,435,570,75 bilhões de reais e 1,788,515,136 bilhão de papéis preferenciais que totalizaram 49,123,364,470,50 bilhões de reais. Com isso, a capitalização chegou ao total de 120,360,800,041,25 bilhões de reais, a maior capitalização por ações do mundo.

O pregão do dia em que foi batido o martelo do valor das novas ações da Petrobras foi marcado por forte valorização dos papéis, que fecharam em alta de 3,16% (ações preferenciais, negociadas a 26,80 reais) e 1,92% (ações ordinárias, negociadas a 30,25 reais), após dias seguidos de desvalorização após o anúncio oficial da oferta.

Os papéis preferenciais chegaram à máxima de 27,40 durante a quinta-feira, e encerraram os negócios com volume total de 1,48 bilhão de reais. Já as ações ordinárias chegaram a uma máxima de 31,20 reais, encerrando o dia com um giro de negócios de 426 milhões de reais. O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,69%, aos 68.794 pontos.

A empresa ainda pode colocar um lote suplementar de ações. A operação poderia ser acrescida em 20% do lote adicional e de 5% do lote suplementar de ações. Considerando o número de ações vendidas, a estatal já alienou 13,5% do prevista na colocação normal.

O rateio da oferta de varejo será publicado amanhã, no mesmo dia em que os papéis começam a ser negociados na bolsa de Nova York. A estreia na BM&FBovespa está prevista para a segunda-feira (27).

Headhunter: um valioso aliado na busca por emprego

Confira valiosas lições para cultivar um bom relacionamento com esse profissional e aproveitar sua rede de contatos para conquistar a vaga dos seus sonhos

Caso esteja buscando um novo emprego, principalmente em posições no topo da pirâmide corporativa, manter contato com um headhunter pode ser valioso e útil. Normalmente esses consultores têm fácil acesso aos RHs e tomadores de decisões nas empresas. Para extrair o melhor desse relacionamento, confira as dicas a seguir.

1 - Os recrutadores trabalham para empresas e pessoas jurídicas e não para indivíduos ou pessoas físicas. Isso quer dizer que seu interesse e/ou tempo para assessorá-lo é relativamente baixo, mas, evidentemente, isso dependerá muito da pessoa a sua frente – há headhunters e headhunters. Seja qual for o caso, são consultores que normalmente possuem bons contatos e sabem onde estão as melhores posições em aberto. Por isso, vale a pena que você tenha um ou outro bom nome na sua lista de contatos!

2 - A forma mais pragmática de chegar ao headhunter é através do QI (Quem Indicou), ou seja, por meio da recomendação de um conhecido ou amigo em comum. Uma apresentação pessoal é mais eficaz.

3 - Ligue primeiro e depois envie seu currículo. Essa ordem pode variar de acordo com a preferência do próprio recrutador. O importante é ser objetivo e respeitar o seu tempo.

4 - O ideal é que os dois lados possam oferecer benefícios mútuos. Você quer o contato e ele quer bons candidatos. Caso saiba de uma posição na qual ele esteja trabalhando e você não se enquadre no perfil, sugira nomes (mas dos bons!) que possam ajudá-lo no seu projeto de procura. E se estiver ciente de uma empresa que esteja precisando dos serviços dele, melhor ainda. Essa troca vai motivá-lo a querer ajudá-lo também.

5 - Caso você consiga que ele receba seu CV, sugira um futuro contato pessoal, mas com elegância e sem demasiada insistência. Olho no olho é bem mais produtivo para suas pretensões, atuais e futuras.

6 - Não fique decepcionado caso nada aconteça, pois o recrutador não tem como função encontrar um emprego para você. Ele não lhe deve nada; mas se ele ajudar é porque você fez por merecer. Não é nada pessoal.

7 - Mantenha um contato saudável e cordial com seu headhunter. A demonstração de genuíno e mútuo interesse das partes é a forma ideal para que este relacionamento cresça e se consolide.

Boa sorte!

HSM Online
27/07/2010

Robert Wong (Autor dos livros “O Sucesso Está no Equilíbrio” e “Super Dicas para Conquistar um Ótimo Emprego” e um dos palestrantes mais inspiradores e requisitados do mercado)

Professor da UNIP no caderno de empregos da Folha de S.Paulo - 19/09/2010

Documento sob medida pode facilitar contratação

Recomendação de especialistas é destacar valores similares aos da empresa

DE SÃO PAULO

Fazer um currículo padrão, seguindo as expectativas dos recrutadores, é um caminho. Mas o mais fácil.
Para ampliar as chances de contratação, especialistas ouvidos pela Folha recomendam adequar o documento com foco na vaga à qual está concorrendo e às características da empresa.
"Se você padroniza o currículo, esconde seus valores", afirma Sergio Enabe, professor de administração de recursos humanos da Unip (Universidade Paulista).
A padronização também é vista com desconfiança por Maurício Nagy, gerente da Michael Page, empresa de recrutamento de executivos. "Padronizar é criar um chavão, um clichê, algo que virou tão previsível que acaba tirando valor do currículo."
Uma pesquisa na internet pode mostrar quais são os valores e as características prezadas pela empresa, como trabalho em equipe, foco em inovação ou mesmo envolvimento social. A partir daí, é possível destacar pontos comuns entre o perfil do candidato e o da corporação.

DIFERENÇA
Se o profissional está decidido a arriscar, pode abrir mão da estrutura em tópicos. Apesar de servir para organizar e comparar currículos de forma rápida, torna as informações menos interessantes, segundo Nagy.
"É mais cativante um currículo em que você apresente realizações e ações, valorizando uma escrita melhor, com cuidado para não parecer um contador de história", opina o executivo.
Até adjetivos têm espaço. Eles foram utilizados pela Right Management na elaboração do currículo da consultora atuarial Roberta Porcel, após ser demitida.
O documento, apontado como "bom" pela consultora Telma Guido, da Right Management, traz expressões como "sólida experiência". Segundo Porcel, foi uma forma de destacar qualificações.

Frases

O padrão de um currículo fechado fica uma coisa quadrada, fica muito clichê. A leitura fica algo tão previsível que não se chega até o final
MAURÍCIO NAGY
gerente da Michael Page

[O profissional] deve fazer um currículo que tenha a ver com a empresa para a qual está se candidatando, que ressalte coisas que tenham a ver com o que você quer fazer por lá
SERGIO ENABE
professor de administração de recursos humanos da Unip

Lineu adota as "regras" em programa da Globo!

A teoria crítica dos sistemas da escola de Frankfurt

Apesar de seu ceticismo em relação à razão e à moralidade universais, a Teoria Crítica e a Teoria Crítica dos Sistemas compartilham alguns pressupostos básicos: (1) o uso de conceitos sistêmicos e institucionais, que transcendem as meras relações intersubjetivas graças à sua complexidade; (2) a idéia de que a vida social é marcada por paradoxos, antagonismos e antinomias fundamentais; (3) a estratégia de definir a justiça como uma fórmula contingente e transcendental; (4) o recurso à crítica imanente (e não externa, de fundo moral) como uma atitude de transcendência; (5) o objetivo de emancipação social (e não apenas política) em uma "associação de indivíduos livres" (Marx).

Economistas listam principais problemas da economia para o próximo presidente

Tetê Monteiro - Estado de Minas

Publicação: 08/09/2010 06:17

A 26 dias das eleições que vão eleger o novo governante do país, o próximo presidente do Brasil pode começar a colocar as barbas de molho, pelo menos na visão de alguns economistas. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) nacional caminha para fechar o ano em 7%, o crédito está farto e o consumo avança sem atrair inflação de demanda, analistas ouvidos pelo Estado de Minas afirmam que o Brasil tem ainda muito a avançar.

A pedido do EM, sete economistas brasileiros listaram os sete maiores problemas da economia nacional que o próximo presidente do país vai ter que encarar. Foram listados os mais selecionados por ordem de citação. O campeão foi falta de investimento em infraestrutura. De acordo com eles, é preciso investir em portos, aeroportos, rodovias e geração de fontes alternativas de energia. “Este ponto é crucial para um país que pretende iniciar uma trajetória de crescimento sustentado. Sem o início urgente de criação de infraestrutura adequada, aparecerão gargalos que imporão limites ao nosso tão sonhado crescimento sustentado”, diz o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), Wanderley Ramalho.

Para o diretor-executivo da NGO Associados Corretora, Sidnei Moura Nehme, o investimento em infraestrutura deixou a desejar nos últimos governos. “É preciso portos novos e forte investimento na renovação dos existentes. Temos que criar estradas e sistemas ferroviários com malha disseminada por todo o país para escoamento da produção agrícola. O frete da soja de Rondônia a Paranaguá custa mais do que de Paranaguá a Hong Kong”, afirma o especialista em mercado de câmbio.

Os economistas também afirmam que o próximo governo deve avaliar a participação das Parcerias Público-Privado (PPP’s) para agilizar a implantação de infraestrutura que torne sustentável o crescimento. “É preciso dirigir os recursos governamentais para corrigir os grandes gaps nessas áreas. Estimular as PPP’s e utilizar dos instrumentos jurídicos já existentes, seja a cessão, a concessão ou a permissão”, afirma o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de S. Paulo (FEA-USP) e diretor residente do Instituto de Pesquisa Fractal, Celso Grisi.

Câmbio valorizado foi o vice-campeão na citação dos atuais problemas brasileiros. “O real apreciado diminui a competitividade dos produtos brasileiros, seja em relação aos importados, seja para as exportações”, diz professor da PUC-SP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Antonio Corrêa de Lacerda. O professor do Instituto de Economia da Unicamp, Waldir Quadros, reforça o peso do “pecado”. “O câmbio totalmente desalinhado, com o real muito valorizado, desestimula nossas exportações industriais e torna a economia extremamente vulnerável a importações concorrentes com a produção nacional”, afirma.

Lacerda também cita o terceiro entrave mais listado pelos economistas: juros reais elevados. “Apreciam a taxa de câmbio, desestimulam os investimentos produtivos e encarecem a rolagem da dívida pública”, enumera. “Juros estratosféricos inibem o investimento produtivo, favorece o rentismo e sobrecarrega as finanças públicas, estreitando os limites para o investimento”, completa Quadros, da Unicamp.

Quando o assunto é gastos públicos, a unanimidade também reina. “O governo coloca em prática uma política equivocada de gastos públicos, que privilegia os pagamentos de juros e o custeio em detrimento dos investimentos em infraestrutura, educação e saúde”, explica o pesquisador do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia da da Unicamp, Fernando Sarti. Para Grisi, da Fea-USP, os gastos governamentais precisam ser reduzidos. “Seja por meio da redução do tamanho do Estado, seja através de reforma administrativa ou do funcionalismo”, diz.

Outro problema que o próximo governante brasileiro vai ter que enfrentar é a elevada e complexa carga tributária. “É imprescindível e não pode ser mais protelada. O empreendedor não suporta mais”, explica Nehme, da NGO Corretora. Para Grisi, a reforma tributária deve insistir na distribuição da renda nacional. “Não se pode tributar tão fortemente a produção, pois isso prejudica os níveis de investimentos e compromete a oferta de empregos formais e o consumo”, afirma.

Falta de investimento em educação é outro problema que incomoda os analistas. “O problema permeia todas as faixas, de mão de obra técnica especializada até engenheiros e gestores. Esse é um gargalo social, com claras consequências para o desenvolvimento econômico”, define o sócio-diretora da Prospectiva Consultoria Internacional, Ricardo Sennes.

Ramalho, da UFMG, ressalta o último problema citado pelos economistas. “Falta planejamento estratégico ao país. É preciso ir além do mero crescimento econômico, em direção ao desenvolvimento econômico, o qual não pode ser creditado apenas ao livre jogo das forças de mercado. Um país que pretende tornar-se desenvolvido terá que enfrentar esse dilema”.

Os vilões

1º – Falta de investimentos em infraestrutura
Este ponto é crucial para possibilitar uma trajetória de crescimento do país e já compromete alguns setores

2º – Câmbio valorizado
O real apreciado diminui a competitividade dos produtos brasileiros, tanto em relação à importação quanto exportação

3º – Juros reais elevados
Juros elevados brecam investimentos produtivos e encarecem a rolagem da dívida pública

4º – Gastos públicos
Está em prática uma política equivocada de gastos públicos que privilegia os pagamentos de juros e o custeio em detrimento dos investimentos em infraestrutura, educação e saúde

5º – Carga tributária elevada e complexa
Onera investimentos produtivos e exportações, o que deixa a economia sem competitividade

6º – Falta de investimento em educação
O sucateamento do ensino público compromete as bases para o ensino profissional de qualidade e para o progresso do país

7º – Falta de planejamento estratégico
É preciso ir além do mero crescimento econômico. É preciso promover o desenvolvimento econômico que não pode ser de responsabilidade apenas do livre jogo de mercado

Mais algumas fotos da palestra





Melhores universidades do mundo estão nos EUA

MARCOS FLAMÍNIO PERES
DE SÃO PAULO- Folha de SP

Não é só mito, mas estatística: Harvard é a melhor universidade do mundo, os EUA, sozinhos, abrigam 15 das 20 melhores instituições de ensino do planeta, e é dinheiro, muito dinheiro, que move essa engrenagem.

Essas são algumas das conclusões do Ranking Mundial de Universidades 2010-11 da Times Higher Education, referência em ensino superior que a Folha publica com exclusividade no Brasil.

OPINIÃO: Nova versão do ranking se baseia em detalhadas consultas internacionais
DEPOIMENTO: Em Harvard, você é só um grão de areia em boa companhia
Na América Latina, USP é a 1ª colocada em ranking

A crise financeira de 2008 parece não ter provocado estrago nos campi dos EUA. Entre as 200 instituições que figuram no ranking, mais de um terço é de norte-americanas (72).

A receita é simples, segundo Ann Mroz, editora da THE: "Os EUA investem 3,1% de seu Produto Interno Bruto em educação superior, enquanto os demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico investem 1,5%".

FORÇA ASIÁTICA

Em sua sétima edição, o ranking também revela a forte presença das asiáticas. Entre as 50 melhores, o continente possui sete --China (2), Hong Kong (2), Japão, Coreia do Sul e Cingapura-- e, nessa faixa, já bate a Europa continental: Suíça (2), França (2), Alemanha e Suécia.

No entanto, se for incluído o Reino Unido, a balança pende para a Europa. A ilha detém quatro das 50 melhores universidades, três delas entre as dez primeiras (Cambridge, Oxford e Imperial College). Levando-se em conta o ranking completo, o Reino Unido (com 29) e Europa continental (com 51) disparam.

No total, as asiáticas somam 27 --China (6), Japão (5), Taiwan e Coreia do Sul (4 cada uma) são os destaques.

Já as instituições dos países de língua inglesa, somadas, dominam 120 posições --ou 60% do ranking (Canadá --nove-- e Austrália --sete-- vêm em seguida).

Na Europa continental, a surpresa foi a Alemanha. Com 14 instituições, o motor econômico da região também lidera o ensino superior. O país "investiu 18 bilhões de euros em pesquisa nos últimos cinco anos", afirma Mroz.

A França decepcionou: figura apenas em quinto.

NOVOS CRITÉRIOS

A versão 2010-11 do ranking da THE passou por ampla reformulação --a começar da compiladora dos dados, que é a Thomson Reuters. Mas a mudança mais radical, segundo Mroz, foi de metodologia: "Usamos hoje 13 indicadores, em vez dos seis usados anteriormente [...] e ouvimos 13.388 acadêmicos altamente qualificados, de todo o mundo".

O critério de reputação também teve seu peso reduzido. "Privilegiamos mais as evidências objetivas --e não as subjetivas."

Colaborou EMILIO SANT'ANNA, de São Paulo