Livro conta história da EAESP

Livro conta os 50 anos da Escola de Administração de Empresas de São Paulo
5/12/2007 17:31:00
Em 1954 nascia a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Os 50 anos foram comemorados em 2004, mas a partir desta data, surgiu a idéia de se fazer um livro contando a trajetória da Escola. Sob a coordenação geral da professora Marina Heck, responsável pela Coordenadoria de Extensão Cultural e da área GV- Comunidade, o livro FGV-EAESP 50 anos foi sendo construído em períodos decorrentes das memórias e histórias relatados pelos professores fundadores, primeiros alunos, alunos que se tornaram professores, empresários, executivos que hoje ocupam altos cargos em empresas e primeiras mulheres que ocuparam cargos na instituição. Também foram ouvidos os presidentes do Diretório Acadêmico, diretores da Escola, presidentes do Conselho de Administração bolsistas, administradores públicos e políticos. Com projeto gráfico e editorial da Via Impressa, as entrevistas, sua organização e texto foram feitos por Clarisa Junqueira Coimbra, que utilizou a oralidade para a compreensão de fatos e comportamentos que marcaram a criação e a formação da EAESP. Com 224 páginas e muitas fotos, a obra está divida em quatro períodos: O Pioneirismo – 1954/1964; De Parâmetro a Paradigma – 1965/1979; Tempos Heróicos – 1980/1992; e Novos Rumos – 1993/2004. Em cada um dos períodos há uma síntese histórica socioeconômica, política e cultural do Brasil, o que ajuda a entender em que medida o macro contexto influenciou as atividades da Escola e o quanto foi influenciado por ela. O livro tem ainda uma rica pesquisa iconográfica que caminha por diferentes épocas. Fruto da necessidade iminente de uma solução para apoiar o salto da industrialização paulista, a EAESP surgiu com uma nova proposta de formação dos primeiros professores, além da introdução do inovador “método de caso”, o que fez dela um agente de mudanças no quadro da administração no país e, conseqüentemente, um agente multiplicador da nova visão. Com a implantação da Escola na capital paulista, a administração no país conheceu uma importante mudança, que norteou a profissionalização das atividades empresariais, validado pelo sucesso de seus alunos no mercado profissional. Na introdução da publicação, o professor Antonio Angarita Silva, um dos fundadores da EAESP e hoje vice-diretor da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas (EDESP), relembra a atuação marcante do professor Gustavo de Sá e Silva, que em sua gestão como diretor fez com que o pensar e o fazer estivessem sintonizados com o que a Escola representava para o ensino universitário entre os anos 60 e 70, como oferta de nova formação profissional aos jovens; métodos de ensino inovadores; novas práticas nas relações docente / discente passando pela convivência e atuação política; liberdade acadêmica e de ensino; introdução da organização departamental; e democracia dos órgãos colegiados. Tudo isso, reafirmando o pioneirismo da Escola e a consolidação de um novo paradigma no ensino da administração. A obra traz depoimentos de importantes nomes que fizeram a história da Instituição. No período “O Pioneirismo” (1954/1964), além do professor Antonio Angarita Silva, participaram Geraldo José Lins (falecido em junho de 2007), Roberto Herbster Gusmão, Wolfgang Schoeps, Polia Lerner Hamburger, Claude Machline, Abilio Diniz, Marcos Vinicius Fittipaldi, Eugênio Emílio Staub, Eduardo Matarazzo Suplicy. Na parte “De Parâmetro a Pardigma” (1965/1979), os entrevistados foram Gustavo de Sá e Silva, Kurt Ernest Weil, João Carlos Hopp, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Carlos Osmar Bertero, Laércio Francisco Betiol, José Ermírio de Moraes Neto (citado Antonio Ermírio de Moraes), Fabio Barbosa e Álvaro da Silva. Já na fase “Tempos Heróicos” (1980/1992) foram ouvidos Fernando Gomez Carmona, Paulo Clarindo Goldschmidt, Carlos Ernesto Ferreira, José E. Midlin, Célia Maria Bucchianeri Francini Vasconcellos, Antonio Carlos Rea, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque e Flavio Augusto Huttner. Por último, no período “Novos Rumos” (1993/2004), os depoimentos foram de Michael Paul Zeitlin, Maria Lúcia Pádua Lima, Peter Sink, Zilla Patricia Bendit, Alain Florent Stemfer, Tadeu Massano, Francisco Sylvio de Oliveira Mazzucca; Camila de Assunção Appel, Fernando Meirelles e Carlos Ivan Simonsen Leal (atual presidente da Fundação Getulio Vargas).

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