Fórum Econômico Mundial termina com dose de humildade

Satisfação pela tímida retomada e incerteza sobre como será o futuro marcaram o encontro dos 2.500 vips

Associated Press


Não houve consenso sobre o que irá sustentar o crescimento do emprego neste ano

Christian Hartmann/Reuters

Não houve consenso sobre o que irá sustentar o crescimento do emprego neste ano
DAVOS - O maior encontro mundial de líderes empresariais e governamentais fechou as portas neste domingo, 31, com um amplo acordo de que uma frágil recuperação está em curso, mas sem consenso sobre o que irá sustentar o crescimento do emprego e evitar outro derretimento da economia mundial.



Em um grupo de grandes egos e muitas figuras poderosas participantes do Fórum Econômico Mundial, houve até alguma humildade e a percepção de que a superação da crise financeira global é um território desconhecido.



O encontro de cerca de 2.500 vips nessa estância suíça teve muitos debates inspirados sobre como mais regulação é necessária para o setor financeiro, como atacar o desemprego global e a busca de formas para garantir que a recuperação nascente seja mantida em 2010.



A atmosfera de trevas e melancolia que prevaleceu no fórum do ano passado, realizado no ápice da crise econômica, foi substituída neste ano por uma sensação de alguma satisfação pela tímida retomada e incerteza sobre como será o futuro e como os bancos deveriam agir.



O presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann, afirmou que o pior da crise já havia sido administrado "com razoável sucesso", porém os tomadores de decisão teriam agora uma escolha difícil: "Nós devemos nos arriscar mais em busca de uma força criativa para o crescimento, ou nós devemos focar em segurança?"



Peter Sands, CEO do Britain's Standard Chartered Bank, disse que o balanço adequado deve se ancorar "entre construir um sistema bancário mais seguro e um sistema financeiro que possa suportar uma dose de dinamismo e criatividade".



"Erre por um lado e teremos o risco de uma nova crise, erre pelo outro e vamos enfraquecer a retomada e reduzir as chances de criarmos novos empregos", disse. Sands também afirmou que todos devem ter "um grau de humildade sobre o que nós sabemos atualmente e o quão confiantes podemos ser".

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