Programas de Trainees


Programas de trainee com inscrições abertas
Empresa Prazo para inscrição      Data da formatura Cursos aceitos
Itaú Unibanco 2 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 19 áreas, como administração, comunicação e engenharias
Bayer  2 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Várias
Novo Nordisk  2 de setembro  Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Vários
Oxiteno 3 de setembro Julho de 2011 a dezembro de 2012 Administração, economia, engenharia e química
Foz do Brasil  4 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Vários, principalmente engenharia
Braskem 4 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Qualquer curso, engenharias para o trainee industrial
BRF 5 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Vários
Riachuelo 9 de setembro Dezembro de 2008 a dezembro de 2012  Administração, Economia, Engenharia, Moda, Comunicações e áreas correlatas
Nova Pontocom 10 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Administração, ciências contábeis, ciências econômicas, direito, engenharia, comunicação social, TI, relações internacionais, matemática, estatística e física
Ambev  10 de setembro  Recém-formados ou no último ano da graduação Vários
Johnson & Johnson 10 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Vários, de acordo com a área
International Paper 10 de setembro Dezembro de 2010 a Dezembro de 2012 Sem restrições para trainee normal, engenharia para Trainee Expert
Danone 13 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Não especificado
Pirelli  15 de setembro No último ou penúltimo ano em 2013 Vários
Rodobens 15 de setembro 2009 a julho de 2012 Administração de empresas, engenharias, ciências econômicas,  contábeis e da computação, sistemas de informação e outras áreas afins
VLI 16 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Vários para trainee corporativo, apenas engenharia para programa na área
CCR  16 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Vários
C&A 17 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Vários
Votorantim 17 de setembro  Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Não especificado
Gafisa   17 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Vários
Citi 20 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Vários
AES Brasil  23 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Vários
3M  24 de setembro Últimos três anos Administração, economia, propaganda e marketing, psicologia, química e engenharias
Cyrela 24 de setembro 2012 Arquitetura, economia, administração de empresas e engenharias
Cielo 24 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Não definido
Saint-Gobain 24 de setembro  Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Vários
Philip Morris  28 de setembro  Dezembro 2008 a dezembro 2012 Não definido
BDO 28 de setembro A partir do 1° ano de faculdade ou recém-formado Ciências contábeis, administração, economia, direito e TI
Salinas  30 de setembro Junho de 2010 a julho de 2012 Hotelaria, turismo, administração, ciências contábeis, economia ou engenharia
GPS Planejamento Financeiro 30 de setembro  Não-especificado Administração de empresas, economia e engenharias
Redecard 30 de setembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012 Engenharia, administração de empresas, economia, marketing, comunicação social, publicidade e propaganda ou relações públicas
Technip 30 de setembro dez/13 Engenharia química, mecânica, materiais, civil, naval, elétrica, produção, meio ambiente e metalúrgica
Brmalls  Fim de setembro Dezembro 2010 a dezembro 2012   Vários
Racional Engenharia 1º de outubro Dezembro de 2009 a janeiro de 2013  Engenharia Civil
Programa integrado Heineken e Mars 1º de outubro Dezembro de 2009 a dezembro de 2012  Não definido
JSL 30 de novembro Dezembro de 2010 a dezembro de 2012  Não definido

Caça-talentos dentro de casa


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Você tem visão panorâmica?


Revista Época Negócios
07/08/2012 - por ARIANE ABDALLAH

Comandante que se preze tem de supervisionar tudo, prever cenários, antever riscos e ainda afastar os urubus de plantão. A Vida de piloto de helicóptero não é nada fácil

Duarte pronto para decolar: um bom planejamento no chão garante 90% do sucesso no ar (Foto: Claus Lehmann)
Rodrigo Duarte é piloto de helicóptero, 12 anos de manche. Maneja uma aeronave de US$ 6 milhões, pertencente a um alto executivo paulistano, no espaço aéreo mais congestionado do país: em horário de pico, costumam ziguezaguear nos “céus” de São Paulo cerca de 80 helicópteros simultaneamente. Nesse tráfego intenso, o comandante não pode errar. Não pode dizer que não viu, não sabia, não esperava... Até porque, dependendo do caso, nem terá tempo de dizer. “Minha profissão é a mais segura do mundo, desde que eu não tire os pés do chão sem um bom planejamento”, diz Duarte. E desde que ele seja capaz de calcular riscos, prever cenários, tomar decisões rápidas e mudar a rota quando necessário. A visão panorâmica, sua maior ferramenta de trabalho, depende basicamente de prestar atenção a todas as variáveis, ao mesmo tempo. “Fico com um olho no computador, outro lá fora, e o ouvido no rádio.” Entra na lista de responsabilidades administrar o copiloto e os sete passageiros que cabem na aeronave.
Como tudo o que é rotina, a tendência do ofício de Duarte é levá-lo à zona de conforto e transformá-lo em um piloto automático. Só que ele sabe que uma vacilada no ar geralmente é fatal. Por isso, não dá para ficar pensando no que vai querer para o jantar ou se perder na “beleza do Parque do Ibirapuera, todo arborizado, próximo à avenida Paulista, cinza e cheia de prédios, que, juntos, formam um desenho que só se vê lá de cima”. Do alto, ele descobriu uma nova cidade, em que a caótica arquitetura forma figuras com alguma harmonia. Mas desde o tempo de taxista aéreo, quando fazia voos panorâmicos também como passeio, desenvolveu a habilidade de olhar a paisagem sem perder a concentração. “Você não pode confiar cegamente no helicóptero. Precisa estar sempre pronto para qualquer adversidade.”
O importante para ele é ver o todo, e não mergulhar nos detalhes. “Vejo que há pessoas lá embaixo, mas não sei que roupas estão usando. Vejo lagos, mas não consigo identificar patos nadando neles.” A 500 pés do chão, não seria possível enxergar mais que isso, mesmo que ele quisesse. Esta é a altitude permitida para voos em São Paulo. Nem tão alto que atravesse as nuvens (o que dificulta a visão); nem tão baixo que corra o risco de colidir com alguma construção.
Ele mantém um olho no computador, outro lá fora e o ouvido no rádio. Ainda tem
de administrar o copiloto e os sete passageiros da aeronave 
O fato de os pilotos terem sua habilidade avaliada todo ano, independentemente do tempo de experiência, ajuda a manter o foco afiado. Cada helicóptero exige um exame específico, o que faz com que Duarte passe por sete diferentes, teóricos e práticos, já que pode pilotar sete modelos de aeronaves. As principais noções exigidas nas provas são revisadas antes de cada decolagem, como parte do “planejamento de voo”. Essa etapa ocupa cerca de uma hora e pode ser feita um dia antes da viagem. É o momento de checar o clima nos pontos de origem e de destino e a visibilidade, que, em São Paulo, deve ser de no mínimo 1,5 mil metros de distância durante o dia; e 3 mil à noite. A visão de cima é, na prática, uma visão à frente. “Tenho de enxergar os próximos pontos de referência e estar a uma distância que me dê tempo de tomar uma atitude de emergência, se for preciso.”
No planejamento também entra o cálculo de peso da aeronave. Para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro, um de seus trajetos mais corriqueiros, Duarte calcula o peso de seu helicóptero (2.060 kg) somado ao de seu corpo (78 kg) e ao de seu copiloto (85 kg). Também entra na conta o combustível, que inclui a quantidade exata para o percurso e uma reserva para mais 30 minutos de voo. Da capital paulista à carioca o cálculo fica em 400 kg. O total, no helicóptero pilotado por Duarte, deve ser sempre 3 mil kg. Por isso, o peso reservado para os outros sete passageiros, incluindo as respectivas bagagens, é 337 kg. Isso, se o clima estiver seco, a temperatura por volta dos 15ºC e a decolagem for a partir do nível do mar. Qualquer mudança nos fatores, nesse caso, altera o produto.
Duarte aprendeu a tratar imprevistos como previstos porque, uma vez no ar, fica difícil consertar um erro de cálculo. É preciso contar também com variáveis externas, como a necessidade de esperar a passagem de outra aeronave antes de continuar o caminho ou ter de fazer um pouso forçado por causa de pane no sistema. Para situações assim é que serve a reserva de combustível. Com ela, o piloto ganha tempo para fazer meia-volta ou encontrar um lugarzinho para pousar de improviso. Se estiver em São Paulo e der tempo, vale localizar um dos 193 heliportos da cidade. Colocar combustível a mais “só para garantir”, como se faz em uma viagem de carro, não vale para viagens de helicóptero. Significa peso extra. “Não existe encher o tanque e sair voando. É tudo baseado em cálculos.”
Voo em São Paulo: nem tão alto que atravesse as nuvens nem tão baixo que corra o risco de colidir com prédios  (Foto: Gettyimages)
Os urubus de plantãoApesar do fluxo intenso de helicópteros, é raro que se confrontem. Os pilotos sabem-se próximos uns dos outros graças à frequência de rádio à qual todos devem estar conectados. Avisar aos colegas onde está, para onde vai e que caminho pretende fazer é uma das primeiras lições do curso de formação. Clareza e objetividade são as orientações básicas na hora de se comunicar. Em algumas regiões, como a cidade de São Paulo, não há uma central para mediar as conversas – com exceção das áreas próximas a aeroportos, onde aviões decolam e pousam a todo momento. Daí a importância de eles ouvirem uns aos outros e falarem apenas o necessário. Não dá para ficar batendo papo pelo rádio.
Tanta prática – Duarte tem 2,5 mil horas de voo – faz com que ele se perca mais em Terra do que no céu. Quando está no carro e não sabe que direção seguir, em São Paulo, ele tenta reproduzir em sua mente a visão global que tem da cidade. Em seguida, procura ao redor as referências que o guiam no ar, como estádios, viadutos ou estações de metrô. Um GPS bem particular, diga-se.
A experiência de mais de uma década voando ensinou Duarte a não se deixar levar por comandos cerebrais traiçoeiros, como “acho que dá para ir” e “vou tentar”. “Não tem essa de tentar. Você só decola se estiver extremamente seguro.” Mas no começo da carreira, ele admite que, vez ou outra, cedia à ilusão de poder. “Você pensa: ‘Se posso voar, posso fazer qualquer coisa’.” Manobras radicais e cálculos imprecisos são os principais erros cometidos por pilotos iniciantes e com excesso de confiança.
Pare ele, entre as variáveis inusitadas estão os urubus que dividem o espaço aéreo com os pilotos. São a pior ameaça. Uma dessas aves já bateu em sua janela lateral. Existem casos em que o pássaro não só invade o helicóptero como faz estragos no piloto. “Já soube de um que teve o couro cabeludo arrancado.” No limite, podem derrubar a aeronave. Existem também os passageiros-urubus, aqueles que gostam de urubuzar o piloto. Fazem perguntas, ou insistem para que o comandante tome atitudes não recomendadas. Como um líder de equipe, o piloto deve mostrar firmeza para sustentar escolhas que nem sempre agradam aos demais passageiros. Certa vez, Duarte teve de encarar o ego de um deputado. Ele seria padrinho de um casamento, em Santos, mas, no meio do caminho, o tempo virou, e o piloto decidiu dar meia-volta. “Como assim? Todos estão me esperando. Nós vamos!”, disse o deputado. “Falei: ‘Sinto muito, mas estamos voltando’.” Nessas horas, é melhor que ele queira me matar, mas não me mate, do que eu matar todos nós.” Sorte do político que o comandante tem uma visão panorâmica.
Como ficar ligado em  tudo ao mesmo tempo (Foto: Ilustrações: Paola Lopes)

Mais valia absoluta!

 Revista Época Negócios

Longas jornadas, resultados nem tanto

Trabalhar muito não é sinônimo de produtividade

 07/08/2012 - por PAULO EDUARDO NOGUEIRA

Ganha ponto quem bater o ponto mais cedo (Foto: Shutterstock)
O que parecia mais uma percepção – chefes veem o funcionário que trabalha mais horas como o mais dedicado e responsável – na verdade é um pilar básico da cultura corporativa. É o que mostra uma pesquisa conduzida pela professora Kimberly Elsbach com executivos de 39 grandes companhias, para os quais a duração da jornada de trabalho é fundamental na avaliação de desempenho. Mas o professor Robert Pozen, da Harvard Business School, alerta: numa economia dinâmica, medir o desempenho por “horas de escritório” acaba travando o desenvolvimento de hábitos mais produtivos.
Formado na cultura de longas jornadas, o funcionário às vezes dedica muito tempo burilando tarefas que deveriam consumir menos trabalho. Pozen aponta a pergunta crucial que todo profissional deve fazer: estou usando bem o meu tempo? O exemplo clássico vem de reuniões de trabalho arrastadas e sem foco: uma pesquisa entre funcionários de escalão intermediário revelou que eles consideram dois terços delas pura perda de tempo.
No estudo de Kimberly, porém, executivos exaltam subordinados que participam de todas as reuniões – ainda que entrem mudos e saiam calados. Ou seja, o critério de avaliação desconsidera contribuições da­das pelo funcionário, valorizando apenas a presença física. Outra distorção: se a produtividade se mede por horas trabalhadas, a única forma de aumentá-la é passar ainda mais tempo no escritório...
Em seu livro Extreme Productivity: Boost Your Results, Reduce Your Hours (“Produtividade extrema: aumente seus resultados, reduza suas horas”), a ser lançado em outubro, Pozen sugere novas atitudes para superar essa cultura: defina o que é importante, aprenda a dizer “não” e a recusar algumas reuniões. Se for impossível evitar certas tarefas, empregue a quantidade mínima de esforço para concretizá-las. Ganhe tempo. Ganhe produtividade.  

Pesquisa USP

Pesquisa da FSP liga alimentos ultra-processados à epidemia de obesidade

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Luiza Caires e Diego Rodrigues
Ganhando notoriedade em 2010 ao publicar um artigo sobre o perigo dos alimentos ultra-processados em prestigiado periódico internacional, os cientistas do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde agora têm um uma nova meta: relacionar, a partir de estatísticas comprovadas, o aumento no consumo destes alimentos e a epidemia global de obesidade.
Neste sentido, os estudos vão avaliar tipos de processamento e seu impacto potencial sobre a dieta e a saúde; os mecanismos que ligam tais produtos ao chamado ‘sobreconsumo passivo de energia’ e à obesidade; a tendência mundial da participação deles na dieta; e, finalmente, as implicações de tudo isso para as políticas públicas.
Segundo o professor Carlos Augusto Monteiro, que coordena o Núcleo e o estudo, a pesquisa ainda está em sua fase inicial, na formulação de hipóteses – mas os primeiros levantamentos disponíveis mostram que a “comida pronta” tem tudo para ser uma das maiores vilãs do excesso de peso e doenças associadas.

Processamento

Por uma série de operações chamadas de processamento, alimentos in natura são convertidos em produtos alimentícios menos perecíveis e cujo consumo requer menos procedimentos culinários. Estes são divididos entre os minimamente processados, os ingredientes culinários em preparações com os minimamente processados, e os ultra-processados propriamente ditos.
No primeiro grupo, estão itens como hortaliças limpas, grãos polidos, feijões secos, leite pasteurizado, e carne congelada, com perda discreta de nutrientes. Já os ingredientes culinários incluem alimentos como açúcar, óleo de milho e farinha de trigo, com grande perda de nutrientes. Apesar das facilidades que representam no que diz respeito ao armazenamento e ao sabor, esses alimentos já trazem o risco de resultarem em refeições extremamente calóricas e com excesso de gordura e açúcar.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
O terceiro grupo, dos ultra-processados, é o mais perigoso. Embora o ultra-processamento dê origem a produtos não perecíveis, que agradam facilmente o paladar, e que demandam mínima – ou nenhuma – preparação culinária, há enorme perda de nutrientes, fibras e água. A presença de aditivos, o volume excessivo de gorduras não saudáveis, açúcar e sódio, além da indução ao sobreconsumo passivo de energia completam a lista dos malefícios.
De acordo com Monteiro, estudos já documentaram que em seu conjunto, quando comparados aos alimentos minimamente processados, os produtos ultra-processados tendem a apresentar mais açúcar, mais gordura saturada, mais sódio, menos fibra e maior densidade energética.

Agravantes

A alta densidade energética não é o único mecanismo que liga o consumo dos ultra-processados à obesidade. Também entram na conta a ingestão de ‘calorias líquidas’ (bebidas adoçadas e muito calóricas); a hiperpalatabilidade, estimulando o consumo mesmo quando a pessoa se sente ‘satisfeita’; a adição de químicos, a prática do mindless eating (algo como ‘comer sem se preocupar’) e do consumo de porções gigantes; além de ações de marketing agressivas – e mesmo antiéticas – por parte da indústria.
“Uma estratégia recente envolve o desenvolvimento de ultra-processados especialmente destinados a consumidores de baixa renda de países emergentes”, revela o pesquisador. Para isso, são feitas ações como a fortificação com vitaminas e minerais, a comercialização dos alimentos em ‘embalagens econômicas’ e a criação de novos canais de comercialização, como a venda porta a porta e a utilização de vendedores recrutados na própria comunidade. “O marketing dos produtos ultra-processados promove o comer compulsivo”, alerta.
O marketing dos produtos
ultra-processados promove
o comer compulsivo.
Para o docente, os investimentos no marketing de alimentos estão concentrados em produtos ultra-processados por se tratarem de produtos com grande margem de lucro (ingredientes baratos), além de serem – ou parecerem – ‘únicos’, tornando-se assim facilmente ‘produtos de marca’.
Dados de 2009 demonstram que estes alimentos, muitos dos quais controlados por corporações transnacionais com presença mundial, já representavam quase 28% do total calórico da cesta nacional de alimentos brasileira, e com tendência a crescer. Na opinião de Carlos Monteiro, somente a reformulação de produtos ultra-processados não resolve o problema.
“Pelo menos no que concerne à prevenção da obesidade, a única solução são ações públicas efetivas para deter ou reverter o crescimento do consumo de produtos ultra-processados”, defende.

Nutrição e saúde

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Formado há 22 anos e localizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde conta com cerca de 20 participantes, além de colaborações da Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis (FEA), a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), a Escola de Educação Física (EEFE) e a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), e também outras universidades brasileiras, como a Unesp e a Unifesp, e internacionais, como as Universidades de Harvard e Londres.
“Os estudos são transdisciplinares e portanto envolvem diversas áreas do conhecimento, como nutrição, epidemiologia, ciência dos alimentos, economia e políticas públicas”, enumera o coordenador.
A necessidade de um grupo de estudos na área de alimentação é explicada pela professora do Departamento de Nutrição Marly Augusto Cardoso, pesquisadora do Núcleo:
“Estudo recente da OMS apontou que cinco em dez dos fatores de risco que mais causam morte precoce e doença no mundo estão associados a alguma forma de má nutrição”.
Para ela, essas estimativas “não deixam dúvidas de que é fundamental o conhecimento sobre a frequência, distribuição, determinantes e consequências das várias formas de má nutrição e sobre os meios efetivos para controlá-lasl”, completa a professora.
As mudanças no quadro alimentar da população nos últimos anos gerou uma mudança no foco de estudo do grupo. “A tendência da desnutrição e da obesidade determinaram mudanças substanciais nas prioridades da política nacional de alimentação e nutrição do país”, declara Marly.
Tendo isto em vista, o Núcleo busca avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional da população, estudar a distribuição, as tendências temporais e determinantes de deficiências nutricionais, obesidade e outras doenças crônicas relacionadas à alimentação, além de identificar ações e estratégias necessárias para a prevenção ou controle dessas doenças e avaliar programas e políticas públicas em alimentação e nutrição. “Nós desenvolvemos e testamos métodos, técnicas e instrumentos diagnósticos na avaliação do consumo alimentar, atividade física e estado nutricional de populações, realizamos a análise de dados e interpretação de estudos populacionais sobre frequência, distribuição, determinantes e conseqüências de distúrbios nutricionais”.
O grupo, porém, não se resume apenas ao aspecto teórico da pesquisa. “Nosso Núcleo também formula e avalia políticas, programas e intervenções visando à promoção da saúde e nutrição da população. Nós fazemos a assessoria e orientação de organismos nacionais e internacionais relacionados à saúde pública”, conclui a docente.

Diretor Geral do EADI Aurora faz palestra no Centro Universitário Senac

No último dia 28 de agosto, o Sr. Robert Wilson, Diretor Geral da Aurora, esteve no CAS apresentando uma palestra para os alunos dos cursos de administração e tecnologia em Marketing.

Ele abordou temas relacionados aos modelos de gestão e gestão estratégica de pessoas.

Download da apresentação: clique aqui.